porque Mariana Castro e Daisy Serena escreveram e eu tinha que segui-las.
Esta época em que as portas da escritura se encontravam abertas, vento passando, arrastando tudo, algumas palavras também. Circulávamos como bichos pelas ruas, barbarizávamos o mundo. Mesmo o modesto sentar-se sobre o meio-fio da vida numa quinta-feira cinza, um cigarro na mão, uma bolsa repleta de pequenos assaltos às grandes livrarias e um amor à pele já se configuravam como produzir um rasgo nos dias amargos, no ir e vir morno e reduzido dos passantes cabisbaixos. Não se tratava de encontrar o significante, não era a estrada, não, talvez muito mais qualquer coisa que abrisse sim múltiplas estradas, fossem em que lugar fossem, mesmo numa esquecida esquina interna - que não era interna na verdade, como a jogada do homem mais rápido do mundo que vai e volta mas parece nunca ter saído do lugar de tão rápido - mas ele foi ou não? - melhor, mais do que isso, ou menos, não se trata de rapidez, mas de uma intrincada conjunção - e disjunção - de fatores, tamanhos, conexões, habilidades, chutes ao gol, pescotapas, escorregões, cheiros, tesão, flor de lótus, guerreiras, arquitetura, Lênin, boxe e outras coisas mais.
Deitar-se ao chão da casa de Virginia às tardes translúcidas, sempre com gente chegando e saindo, vinho se houvesse vinho, jogos de baralho, poemas vividos, música brotando do assoalho, amores rasgando o peito, possibilidades, possibilidades. Possibilidades. A ponte, a ponte. Quando se dará o grande salto? A grande lenda?
Como pombos nos multiplicamos. Quiçá um dia o Homem Grande abrirá a porta do palácio e estaremos lá, de olho, porque sobrevoamos o telhado irrepreensível de sua morada, sobre a qual cagamos, merdalhando toda a extensão da sua propriedade e somos muitos e vamos aos poucos chegando mais perto, ele de seu automóvel luxuoso nos vê nas ruas, estamos na tv e teremos o poder de sairmos pela tela e arrancaremos seus olhos em uma manhã azul, quando ele pensar estar seguro, detrás de seu cereal matinal de bosta.
Esta época em que as portas da escritura se encontravam abertas, vento passando, arrastando tudo, algumas palavras também. Circulávamos como bichos pelas ruas, barbarizávamos o mundo. Mesmo o modesto sentar-se sobre o meio-fio da vida numa quinta-feira cinza, um cigarro na mão, uma bolsa repleta de pequenos assaltos às grandes livrarias e um amor à pele já se configuravam como produzir um rasgo nos dias amargos, no ir e vir morno e reduzido dos passantes cabisbaixos. Não se tratava de encontrar o significante, não era a estrada, não, talvez muito mais qualquer coisa que abrisse sim múltiplas estradas, fossem em que lugar fossem, mesmo numa esquecida esquina interna - que não era interna na verdade, como a jogada do homem mais rápido do mundo que vai e volta mas parece nunca ter saído do lugar de tão rápido - mas ele foi ou não? - melhor, mais do que isso, ou menos, não se trata de rapidez, mas de uma intrincada conjunção - e disjunção - de fatores, tamanhos, conexões, habilidades, chutes ao gol, pescotapas, escorregões, cheiros, tesão, flor de lótus, guerreiras, arquitetura, Lênin, boxe e outras coisas mais.
Deitar-se ao chão da casa de Virginia às tardes translúcidas, sempre com gente chegando e saindo, vinho se houvesse vinho, jogos de baralho, poemas vividos, música brotando do assoalho, amores rasgando o peito, possibilidades, possibilidades. Possibilidades. A ponte, a ponte. Quando se dará o grande salto? A grande lenda?
Como pombos nos multiplicamos. Quiçá um dia o Homem Grande abrirá a porta do palácio e estaremos lá, de olho, porque sobrevoamos o telhado irrepreensível de sua morada, sobre a qual cagamos, merdalhando toda a extensão da sua propriedade e somos muitos e vamos aos poucos chegando mais perto, ele de seu automóvel luxuoso nos vê nas ruas, estamos na tv e teremos o poder de sairmos pela tela e arrancaremos seus olhos em uma manhã azul, quando ele pensar estar seguro, detrás de seu cereal matinal de bosta.