domingo, 28 de fevereiro de 2010

o meu humor é tropicalista;
minha tristeza, sambolero.
já nem sei quanto de mim é desistência
e quanto é alguma transformação.
já nem sei quanto quer partir
e quanto ainda se contagia com o confete e a serpentina,
neste carnaval.
olerê, olará, o tamborim, o surdo
- todo mundo já sabe.
e o barco. o barco. o barco e o porto.
o porto e o mar. o mar chama.
copacabana e fim de mundo.
vasto vasto. grande.
se eu me chamasse alexandre.
no fim, pra alguns faz diferença, pra outros não,
afinal, as coisas são assim, dizem.
berimbau toca e manoel carlos entra em cena.
o pé esquerdo escorrega no playground,
o direito galga degraus.
sorriso de quase nuvem,
esse país quase sem nome
e esse porto que nunca chega.

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