sábado, 15 de maio de 2010

Uma casa
Pessoas circulam, jantam
Falam os nomes das coisas
Alguém toma banho, outros esperam
O pequeno cão ladra e brinca
A torneira aberta lava
Um vento assopra na janela
Nem é noite
Nem chove
Nem frio faz
Mas sabe-se lá, alguém estremece
e chora magro, sem deixar nas vistas, guardado por detrás de um sorriso
Quem é, não se deixa mostrar.
E Maria, pequenina, sobre a cadeira velha na porta da casa, deixa o tempo ir e dá uma tristeza daquelas também
- Maria, que te deu que te derrama?
Não sei. Alguém aqui chora em silêncio e o lamento ficou d'eu mostrar.

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